O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e a guerrilha Farc
falarão separadamente nesta terça-feira para divulgar detalhes sobre as
negociações de paz que começarão nas próximas semanas com o objetivo de
encerrar o conflito de quase cinco décadas de duração.
Santos, anunciou no
Twitter que fará um pronunciamento por rádio e TV às 14h30 (horário de
Brasília), enquanto as Farc vão conceder uma entrevista coletiva em Havana uma
hora depois, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores cubano.
Esta é a primeira vez que
representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), a
guerrilha de esquerda mais antiga da região, falarão diretamente com a imprensa
e, apesar de Cuba não ter dado detalhes, tudo indica que o grupo vai abordar as
conversações exploratórias para um acordo de paz.
"Informamos sobre a
realização de uma coletiva de imprensa das Farc-Colômbia", disse o
Ministério das Relações Exteriores de Cuba em um comunicado sucinto marcado
como "urgente" e divulgado para a imprensa na ilha.
Cuba, Chile, Noruega e
Venezuela apoiarão novas rodadas de negociações de paz, que aconteceriam em
Havana, entre as Farc e o governo de Bogotá, segundo fontes oficiais e da
imprensa colombiana.
O presidente, Santos
confirmou na segunda-feira que o processo começará nas próximas semanas, mas
não deu detalhes sobre o lugar, nem a data exata para o início das negociações.
O comandante máximo da guerrilha colombiana, Rodrigo Londoño, conhecido como
Timoleón Jiménez ou "Timochenko", disse em um vídeo divulgado na
segunda em um site da Internet que o grupo chega "à mesa de diálogo sem
rancor ou arrogância".
As negociações de paz
anteriores entre o governo colombiano e as Farc ocorreram durante a presidência
do conservador Andrés Pastrana e se estenderam entre 1999 e 2002, mas
fracassaram devido à intensidade da ofensiva militar e sequestros pelo grupo
rebelde.
BOGOTÁ/HAVANA, 4 Set (Reuters) - Por Nelson Acosta
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