Ele foi um comunicador, empresário e ativista jamaicano.
É considerado um dos maiores ativistas da história do
movimento nacionalista negro. Garvey liderou o movimento mais amplo de
descendentes africanos até então; é lembrado por alguns como o principal
idealista do movimento de "volta para a áfrica". Na realidade ele
criou um movimento de profunda inspiração para que os negros tivessem a
"redenção" da áfrica, e para que as potências coloniais europeias desocupassem
a áfrica. Em suas próprias palavras, "eu não tenho nenhum desejo de levar
todas as pessoas negras de volta para a áfrica, há negros que não são bons
elementos aqui e provavelmente não o serão lá." apesar de ter sido criado
como metodista, marcus garvey se declarava católico.
BIOGRAFIA:
Marcus Mosiah Garvey nasceu em Saint Ann's Bay, capital da
paróquia de Saint Ann, Jamaica. Ele era o mais novo de 11 filhos, 9 dos quais
morreram ainda na infância. Garvey frequentou a escola infantil e elementar em
Saint Ann's Bay, e era tido como aluno brilhante. Ele também recebeu instrução
particular de seu padrinho Alfred Burrowes, proprietário de uma oficina
gráfica. Com 14 anos Marcus Garvey tornou-se aprendiz no negócio.
O jovem Garvey, que gostava de nadar, tomar sol e jogar críquete,
herdou o amor pelos livros de seu pai — um culto maçom, que possuía vasta
biblioteca. Esse amor pelos livros também foi incentivado pelo padrinho
Burrowes, também possuidor de uma biblioteca particular, da qual Garvey fez
amplo uso. Ele também conhecia e travava contato com diversas pessoas que
frequentavam a oficina para discutir política e assuntos da comunidade com
Burrowes.
No mesmo ano em que se tornou aprendiz de Burrowes,
Garvey foi marcado por um acontecimento de fundo racista. Como vizinho de uma
família branca, ele havia criado laços de amizade com uma menina de sua idade,
que aos 14 foi enviada para a Inglaterra e
proibida de escrever cartas para Garvey porque ele era um nigger (termo
de cunho preconceituoso usado em países de língua
inglesa). Marcus percebeu então claramente as fronteiras que separavam
negros e brancos na sociedade jamaicana.
Por volta de 1906 Garvey deixou
Saint Ann's Bay em direção a Kingston, na
tentativa de melhorar sua vida. Chegando lá ele trabalhou primeiro com um
parente materno, e depois na empresap.A. Benjamin Limited, como compositor na
seção de impressão. Em 1907 se tornou um excelente impressor e contramestre. Nessa
época um grande terremoto havia arrasado Kingston, o que gerou ainda
mais pobreza na cidade. No ano seguinte (1908) os empregados da
P.A. Benjamin, através do sindicato dos tipógrafos, entraram em greve por
melhores salários. Foi a primeira experiência sindical de Garvey, que
se juntou à paralisação apesar das promessas de melhores salários para quem
furasse a greve. Com o insucesso do movimento, Garvey perdeu seu emprego, e foi
colocado numa lista negra dos empregadores, sendo incapaz de arrumar outro
emprego na tipografia privada; conseguiu, no entanto, uma vaga na imprensa do
governo. Por esses anos Garvey também teve sua primeira experiência com
jornalismo político, ao ingressar no National Club of Jamaica, um clube
político. (Ele havia colaborado, antes, num jornal chamado The Watchman,
ainda na P.A. Benjamin).
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