Leopoldina pertencia à Casa
de Habsburgo, nobre família e uma das mais antigas dinastias da Europa, a qual
reinou sobre a Áustria de 1282 até1918, dentre outros territórios que imperaram e era a mais
antiga casa reinante na europa quando Leopoldina nasceu. Era filha do último
imperador do Sacro Império Romano-Germânico Francisco II (1768-1835), (o qual, a
partir de 1804,
passou a ser apenas o "Imperador da Áustria" com o título de
Francisco I, porque Napoleão I exigiu que ele renunciasse ao título de
imperador, no ano em que Napoleão era sagrado imperador dos franceses), e de
sua segunda esposa e prima Maria Teresa da Sicília ou de Bourbon
- Nápoles (1772-1807) princesa das Duas
Sicílias, de um ramo da Casa de Bourbon, pois
filha do rei Ferdinando I (1751-1825) e de sua esposa Maria Luisa (1745-1792).
Francisco, seu pai, era viúvo de Isabel Guilhermina Luísa
von Württemberg, morta sem descendência em 1790; casaria por
terceira vez com Maria Ludovica d'Este, a quem Leopoldina chamava «mãe», que
não teve filhos e morreu em 1816; e casou uma quarta vez com Carolina Augusta da Baviera,
morta em 1873 sem
filhos.
O nome completo da arquiduquesa,
que viria a ser a primeira imperatriz do Brasil, era Carolina Josefa
Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, como informa o seu biógrafo
e grande estudioso de sua vida, Carlos H. Oberacker Jr, na obra "A
Imperatriz Leopoldina: Sua Vida e Sua Época.", confirmado também pela obra
"Cartas de uma Imperatriz", de Bettina Kann e outros autores. Em um
dos ensaios apresentados no livro, é citado um trecho do publicado no jornal
austríaco "Wiener Zeitung", de 25-01-1797, dando a notícia do
nascimento da Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina, acontecido três dias
antes, num domingo, dia 22 de janeiro. Informa Oberacker Jr. (p. 301 e
302) que o nome "Maria" não se encontra entre os nomes de batismo da
Arquiduquesa, o que de fato é verdade. Segundo ele, D. Leopoldina passou a
usá-lo já em sua viagem para o Brasil, ao tratar de alguns negócios
particulares. No Brasil, ela passou a assinar somente Leopoldina, ou utilizando
o pré-nome Maria, como pode ser visto no seu Juramento à Constituição do
Brasil. Outra hipótese também apresentada pelo mesmo autor é que D. Leopoldina
teria adotado a “Maria” por sua grande devoção à Virgem e pelo fato de todas as
infantas portuguesas usarem este nome.
Nenhum comentário:
Postar um comentário