23 de setembro de 2012

BLOG CULTURA - origem e infância da austríaca Maria Leopoldina


Leopoldina pertencia à Casa de Habsburgonobre família e uma das mais antigas dinastias da Europa, a qual reinou sobre a Áustria de 1282 até1918, dentre outros territórios que imperaram e era a mais antiga casa reinante na europa quando Leopoldina nasceu. Era filha do último imperador do Sacro Império Romano-Germânico Francisco II (1768-1835), (o qual, a partir de 1804, passou a ser apenas o "Imperador da Áustria" com o título de Francisco I, porque Napoleão I exigiu que ele renunciasse ao título de imperador, no ano em que Napoleão era sagrado imperador dos franceses), e de sua segunda esposa e prima Maria Teresa da Sicília ou de Bourbon - Nápoles (1772-1807) princesa das Duas Sicílias, de um ramo da Casa de Bourbon, pois filha do rei Ferdinando I (1751-1825) e de sua esposa Maria Luisa (1745-1792).

Francisco, seu pai, era viúvo de Isabel Guilhermina Luísa von Württemberg, morta sem descendência em 1790; casaria por terceira vez com Maria Ludovica d'Este, a quem Leopoldina chamava «mãe», que não teve filhos e morreu em 1816; e casou uma quarta vez com Carolina Augusta da Baviera, morta em 1873 sem filhos.
O nome completo da arquiduquesa, que viria a ser a primeira imperatriz do Brasil, era Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena, como informa o seu biógrafo e grande estudioso de sua vida, Carlos H. Oberacker Jr, na obra "A Imperatriz Leopoldina: Sua Vida e Sua Época.", confirmado também pela obra "Cartas de uma Imperatriz", de Bettina Kann e outros autores. Em um dos ensaios apresentados no livro, é citado um trecho do publicado no jornal austríaco "Wiener Zeitung", de 25-01-1797, dando a notícia do nascimento da Arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina, acontecido três dias antes, num domingo, dia 22 de janeiro. Informa Oberacker Jr. (p. 301 e 302) que o nome "Maria" não se encontra entre os nomes de batismo da Arquiduquesa, o que de fato é verdade. Segundo ele, D. Leopoldina passou a usá-lo já em sua viagem para o Brasil, ao tratar de alguns negócios particulares. No Brasil, ela passou a assinar somente Leopoldina, ou utilizando o pré-nome Maria, como pode ser visto no seu Juramento à Constituição do Brasil. Outra hipótese também apresentada pelo mesmo autor é que D. Leopoldina teria adotado a “Maria” por sua grande devoção à Virgem e pelo fato de todas as infantas portuguesas usarem este nome.

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