11 de julho de 2011

Obra de Graciliano Ramos



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Vidas Secas

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Primeira edição de Vidas Secas, 1938.
Vidas Secas é um romance de Graciliano Ramos,
 escrito entre 1937 e 1938, publicado originalmente em 1938.
O livro, narrado em terceira pessoa, aborda uma família de retirantes do sertão brasileiro
 condicionada a sua vida subumana, diante de problemas sociais como a seca,
pobreza, e a fome, e, consecutivamente, no caleidoscópio de
 sentimentos e emoções que essa sua condição lhe obriga
 a viver e a procurar meios de sobrevivência, criando, assim,
 uma ligação ainda muito forte com a situação social do Brasil hoje.
Durante o processo editorial do livro, Graciliano mostrou-se
 inteiramente cuidadoso com sua criação, frequentando
 a gráfica responsável pela elaboração do livro diversas
 vezes e examinando meticulosamente o material quando
esse entrava no prelo, para ter a certeza que a revisão não
 interferiria em seu texto. Após sua publicação no Brasil
em 1938, o livro circulou em território estrangeiro durante
 um bom tempo, sendo primeiramente lançado na Polônia e
 depois na Argentina, seguida por República Tcheca, Rússia,
 Itália, Portugal, França, Espanha e em outros.
 No Brasil, encontra-se em sua centésima sexta edição.
Por conta da consciência social que existe no conteúdo do livro,
 moldada através de uma estrutura dramática,
 o enredo tem sido analisado pelos críticos por meio
da relação do homem com os meios naturais e sociais.
 De acordo com alguns especialistas,
 em Vidas Secas Graciliano contornou alguns estilos literários de sua época,
o que lhe proporcionou pontos positivos no livro. Graciliano, por exemplo,
 foi cauteloso nas tradicionais ingerências do narrador
opiniático e evitou o protesto ou o panfletarismo (que poderia usar,
 como outros autores da época, para criticar os aspectos sociais de seu país),
o que certos críticos caracterizam como um "estilo seco, reduzido ao mínimo de palavras".
Vidas Secas figura entre os livros mais importantes da literatura brasileira,
 tendo ganhado, em 1962, o prêmio da Fundação William Faulkner (EUA)
comolivro representativo da Literatura Brasileira Contemporânea.
 Também conquistou um enorme público, tendo vendido até então
 mais de um milhão e meio de exemplares,
 enquanto é leitura obrigatória em vestibulares da USP, da PUC, da UFBA e da UFPA.
 O cineasta Nelson Pereira dos Santos realizou uma bem-sucedida
 versão homônima de Vidas Secas em 1963, reforçando aspectos atuais do país.



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