Foi um político e advogado brasileiro que teve
grande papel na oposição à ditadura militar e na luta pela redemocratização
do Brasil. Morreu em um misterioso acidente aéreo de helicóptero no
litoral ao largo de Angra dos Reis, sul do estado do Rio de Janeiro. Em 12
de outubro de 1992, junto à esposa D. Mora, o ex-senador Severo
Gomes, a esposa deste e o piloto. O corpo de Ulysses foi o único que nunca foi
encontrado.
INFÂNCIA E
JUVENTUDE
Ulysses
Silveira Guimarães nasceu na vila de Itaqueri da Serra, hoje distrito do
município de Itirapina, que na época era parte do município de Rio
Claro, no interior paulista. Filho de Ataliba Silveira Guimarães e de
dona Amélia Correa Fontes, foi casado com dona Ida de Almeida Guimarães que na
época viuva já tinha dois filhos pequenos, Tito Enrique e Celina Ida.
Teve uma
vida acadêmica ativa, participando do Centro Acadêmico XI de Agosto e
exercendo a vice-presidência da União Nacional de Estudantes (UNE).
Bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Faculdade de Direito da Universidade
de São Paulo (USP).
VIDA PROFISSIONAL
Foi professor durante
vários anos na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie, aonde veio
a se tornar professor titular de Direito Internacional Público. Lecionou ainda Direito
Municipal na Faculdade de Direito de Itu, e Direito
Constitucional na Instituição Toledo de Ensino em Bauru, onde
também atuou como diretor desta instituição. Exerceu
profissionalmente a advocacia, especializando-se em Direito
Tributário.
No Santos
Futebol Clube, Ulysses Guimarães se associou em 10 de janeiro de 1941. Em 1942,
foi nomeado diretor-presidente da subsede em São Paulo do clube, cargo que
voltou a ocupar em 1945.
Foi eleito
deputado estadual, por São Paulo, à Constituinte de 1947, na legenda do Partido
Social Democrático (PSD). A partir deste momento, não deixaria mais a
política, elegendo-se deputado federal pelo Estado, por onze mandatos
consecutivos, de1951 a 1995 (não tendo terminado o último
mandato). O primeiro discurso político ocorreu na década de 1940, à sombra de
uma figueira no Distrito de Itaqueri da Serra, município de Itirapina,
Estado de São Paulo, sua verdadeira terra natal, já que na época do nascimento
todas as pessoas lá nascidas eram registradas em Rio Claro, que era então
a sede do município. Ainda hoje, ao chegarmos em Itaqueri da Serra,
deparamo-nos com diversos parentes e inesquecíveis histórias do Dr. Ulysses,
como era carinhosamente chamado. Assumiu a
pasta do Ministério da Indústria e Comércio no gabinete Tancredo Neves,
durante a curta experiência parlamentarista brasileira (1961-1962).
Apoiou,
inicialmente, o movimento militar que, em 1964, depôs o presidente João
Goulart, mas logo passou à oposição. Com a instauração do bipartidarismo (1965),
filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), do qual seria
vice-presidente e, depois, presidente. Foi
presidente do Parlamento Latino-Americano, de 1967 a 1970.
LUTA PELA ABERTURA POLÍTICA
Em 1973,
lançou sua anticandidatura simbólica à Presidência da República como forma de
repúdio ao regime militar, tendo como vice o jornalista e ex-governador de Pernambuco, Barbosa
Lima Sobrinho.
Em 29
de novembro de 1976, no Plenário Tiradentes da Assembleia
Legislativa de São Paulo, fundou a O.P.B. - Ordem dos Parlamentares do Brasil,
uma Associação de Classe, sem vínculos partidários, religiosos ou sociais, da
qual é Patrono.
À frente do
partido, participou de todas as campanhas pelo retorno do país à democracia,
inclusive a luta pela anistia ampla, geral e irrestrita. Com o fim do
bipartidarismo (1979), o MDB converteu-se em Partido do Movimento
Democrático Brasileiro (PMDB), do qual seria presidente nacional.
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