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Pesquisadores da Univap (Universidade do Vale do Paraíba),
com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) e parceria com
o CREM (Centro di Ricerca E. Menni) da Itália, descobriram que uma terapia
feita à base de células-tronco da placenta humana é capaz de reduzir o
desenvolvimento de fibrose hepática em 50%.
Para realizar o estudo, foi preciso induzir a fibrose ,
doença resultante
de agressões sucessivas ao fígado, como aquelas causadas pelo
consumo excessivo de álcool ou por hepatites virais nos animais de laboratório.
Como em muitos casos a fibrose é causada pelo estreitamento do ducto biliar —
canal que liga o fígado ao duodeno e serve para o transporte de bile –, os
cientistas amarraram o ducto dos ratos em dois pontos, de forma que a bile não
conseguisse passar. Assim, a pressão no fígado aumentou, levando à inflamação
do órgão. Quinze dias após a ligadura, os animais começaram a desenvolver
fibrose. Aos 28 dias, já apresentavam a doença em estágio avançado.
Papel da membrana amniótica
Os cientistas envolveram o fígado de ratos com a membrana
amniótica que reveste a placenta humana ainda fresca (menos de 48 horas após a
coleta). O tecido, que originalmente tem cerca de 20cm por 30cm, foi
fragmentado em pedaços de 6cm por 9cm, tamanho suficiente para envolver
completamente o órgão dos animais de teste.
Em metade de um grupo de 40 roedores os cientistas
implantaram a membrana. Na outra, apenas simularam a colocação do tecido, para
que todas as cobaias fossem submetidas ao estresse da cirurgia.
Após quatro semanas, metade dos animais de cada grupo foi
sacrificada e teve o fígado retirado para análise. Na sexta semana, a outra
metade dos grupos passou pelo mesmo procedimento. Os animais que receberam a
membrana amniótica apresentaram 50% menos fibrose do que os membros do outro
grupo. Os pesquisadores verificaram que a terapia não impediu o surgimento da
doença, mas reduziu a gravidade e inibiu a progressão para o estágio de cirrose.
Os pesquisadores acreditam que o benefício se deve a
substâncias produzidas pelas células da membrana amniótica, capazes de
estimular a regeneração do fígado. Agora, o objetivo do grupo é descobrir
exatamente quais são exatamente essas substâncias e como elas atuam.
Estudo Brasileiro
TAINAH MEDEIROS...
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