19 de janeiro de 2013

TERAPIA REDUZ 50% EVOLUÇÃO DE DOENÇA LIGADA À CIRROSE

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Pesquisadores da Univap (Universidade do Vale do Paraíba), com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo) e parceria com o CREM (Centro di Ricerca E. Menni) da Itália, descobriram que uma terapia feita à base de células-tronco da placenta humana é capaz de reduzir o desenvolvimento de fibrose hepática em 50%.
Para realizar o estudo, foi preciso induzir a fibrose , doença resultante
de agressões sucessivas ao fígado, como aquelas causadas pelo consumo excessivo de álcool ou por hepatites virais nos animais de laboratório. Como em muitos casos a fibrose é causada pelo estreitamento do ducto biliar — canal que liga o fígado ao duodeno e serve para o transporte de bile –, os cientistas amarraram o ducto dos ratos em dois pontos, de forma que a bile não conseguisse passar. Assim, a pressão no fígado aumentou, levando à inflamação do órgão. Quinze dias após a ligadura, os animais começaram a desenvolver fibrose. Aos 28 dias, já apresentavam a doença em estágio avançado.
Papel da membrana amniótica
Os cientistas envolveram o fígado de ratos com a membrana amniótica que reveste a placenta humana ainda fresca (menos de 48 horas após a coleta). O tecido, que originalmente tem cerca de 20cm por 30cm,  foi fragmentado em pedaços de 6cm por 9cm, tamanho suficiente para envolver completamente o órgão dos animais de teste.
Em metade de um grupo de 40 roedores os cientistas implantaram a membrana. Na outra, apenas simularam a colocação do tecido, para que todas as cobaias fossem submetidas ao estresse da cirurgia.
Após quatro semanas, metade dos animais de cada grupo foi sacrificada e teve o fígado retirado para análise. Na sexta semana, a outra metade dos grupos passou pelo mesmo procedimento. Os animais que receberam a membrana amniótica apresentaram 50% menos fibrose do que os membros do outro grupo. Os pesquisadores verificaram que a terapia não impediu o surgimento da doença, mas reduziu a gravidade e inibiu a progressão para o estágio de cirrose.
Os pesquisadores acreditam que o benefício se deve a substâncias produzidas pelas células da membrana amniótica, capazes de estimular a regeneração do fígado. Agora, o objetivo do grupo é descobrir exatamente quais são exatamente essas substâncias e como elas atuam.

Estudo Brasileiro

TAINAH MEDEIROS...


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