A mãe de Eliza Samudio, Sônia Fátima de Moura, afirmou não
ser capaz de perdoar o goleiro Bruno Fernandes, ex- amante de sua filha e
acusado de matá-la. Ela foi ouvida nesta quarta-feira (21) no Tribunal do Júri
de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde são julgados acusados
de envolvimento no crime.
Inicialmente, Sônia afirmou que "não guarda
ressentimentos no coração", mas, ao fim do interrogatório, quando
questionada sobre a possibilidade de perdoar Bruno, que será julgado em março
de 2013 pelo assassinato da filha, ela foi categórica ao salientar que
"não perdoaria" o goleiro.
Sônia revelou também que Bruno e sua família nunca deram
auxílio para a criança que o goleiro teve com Eliza e que hoje se encontra sob
a guarda da avó. A recusa em reconhecer a paternidade da criança - que só
ocorreu em agosto passado, por decisão da Justiça - foi o que teria levado
Bruno, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE) de Minas
Gerais, a matar Eliza.
Em seu depoimento, Sônia revelou também que Eliza já havia
saído de casa e ficado sem manter contato com a mãe, mas estava "sempre
presente nas redes sociais", o que era noticiado por amigas da filha.
"Ela queria ter filho e mataria e morreria por ele", salientou Sônia,
observando ainda que a filha "jamais o deixaria para trás". E contou
também que não sabia como Eliza se sustentava, pois ela dizia apenas que
"trabalhava com eventos".
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