Muito tem se falado sobre sustentabilidade. Infelizmente,
mais do que tem se agido a respeito. Ações concretas estão de fato acontecendo
em todos os cantos do mundo, cabe agora que isso se torne a regra, a prática e
a norma, deixando de ser a exceção, a moda ou o assunto do momento.
É na questão pública e política que se dá de fato o inicio
de toda a base para a sustentabilidade. Normas e leis criadas por quem tem
mandato no poder legislativo, trazem consequências e abrangência que de fato,
impactam na vida de centenas de milhões de pessoas por anos ou décadas.
Assim, como um amigo sempre costuma dizer nas reuniões do
Instituto Acordem e Progresso, enquanto trabalhamos para plantar uma árvore,
quem detém poder político pode com uma “canetada” só derrubar uma floresta
inteira.
E o que vem a ser Sustentabilidade Política ou Gestão
Pública Sustentável?
Sustentabilidade política é feita com a real participação
popular nos conselhos municipais, nas sessões das câmaras de vereadores,
como é a base de propostas do Movimento Voto Consciente, por exemplo.
Sustentável é a política que não troca favor por voto. Para
isso, não há como não defender o fim da reeleição para cargos executivos e
limitar quantidade de mandatos consecutivos no legislativo para no máximo 2,
por exemplo.
Sustentável é o político em cargos no executivo, além de
fazer projetos que pensem não só nas exigências e necessidades de hoje, mas
também discuta abertamente com a sociedade seus anseios e demandas, como se faz
nos projetos de planejamento de Agenda 21.
Para fins de comparação, o faturamento no Brasil das 3
maiores redes de supermercado, o Pão de Açúcar, o Carrefour e o Wal-Mart somou
em 2010 aproximadamente 87,5 bilhões de reais (maior que o PIB de muitos
estados e que a grande maioria das cidades) e somadas, as redes empregam de
150.000 funcionários diretos. Se empresas privadas desse porte conseguem, no
ambiente brasileiro, crescer, lucrar, se desenvolver e investir, o que acontece
com a área pública que simplesmente não consegue acompanhar esse ritmo?
Não temos dúvidas que falta gestão e método, seriedade e
governança, diminuição da burocracia e corrupção, visão e planejamento
estratégico e, por fim, cobrança dos acionistas.
Então cabe a cada um de nós exercermos a cobrança e o
acompanhamento. E cabe aos gestores públicos fazerem suas atuações públicas e
políticas serem, enfim, sustentáveis.
Em tempo, assim como na iniciativa privada em que os líderes
e executivos são escolhidos e aprovados pelos consumidores e acionistas, não
nos esqueçamos de que somos nós que escolhemos nossos gestores públicos. A
sustentabilidade política começa em cada um de nós. A Gestão pública
sustentável depende de quem nós elegemos para nos representar em todas as
esferas.
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