HISTÓRIA:
Na adolescência iniciou um romance com Robert Schumann
que na época era aluno de seu pai. Ao tomar conhecimento da ligação de Robert e
Clara, Wieck ficou furioso, pois Robert tinha problemas com a bebida, o fumo e
crises depressivas. Preocupado com o futuro da filha, proibiu a relação. A
conseqüência foi uma longa batalha judicial, em que, após um ano de litígio,
Schumann conseguiu a permissão para desposar Clara, após ela completar 21 anos.
Depois do casamento, Clara e Robert começaram uma longa
colaboração, ele compondo e ela interpretando e divulgando suas composições.
Clara continuou a compor, mas a vida em comum era complicada, pois ela foi
forçada a parar a carreira por diversos períodos, devido às 8 gestações e,
apesar de Schumann aparentemente encorajar sua criação musical, ela abdicou
muitas vezes de sua carreira como compositora para promover a do marido. A
situação era agravada por várias diferenças entre o casal: Clara adorava
turnês, Robert as odiava; ele precisava de silêncio e tranquilidade para
praticar, o que significa que Clara ficava em segundo plano, pois somente após
os estudos do marido ela poderia ter suas horas de estudo.
Outro problema eram as constantes crises nervosas do
marido, que fizeram Clara assumir as responsabilidades familiares, sozinha. A
pior crise de sua vida aconteceu quando Schumann entrou em depressão crônica, o
que obrigou a família a interná-lo num manicômio, onde ficou por dois anos, até
sua morte. Após 14 anos de casamento, Clara ficou sozinha com os filhos, tendo
que dar aulas e apresentações para sustentar a família.
A partir daí, ironicamente, ela ficou livre para compor e
dar concertos, e sua carreira finalmente se desenvolveu. A amizade com Johannes
Brahmsfoi o principal sustentáculo nesse período, o que deu margem a
fofocas de que os dois teriam um romance. Foram anos de colaboração mútua, já
que os dois artistas eram defensores ferrenhos da estética romântica
ligada a um padrão mais formal, e opositores de Wagner e Liszt. A amizade
durou até o final da vida de Clara.
Durante certo período, Clara sofreu de uma síndrome de dor
crônica, atribuída aos excessos de treinos na tentativa de executar as
obras orquestrais de Brahms.[1]. O
tratamento multimodal realizado à época foi bem sucedido e Clara pode continuar
sua carreira. Os últimos anos da compositora foram marcados por uma brilhante
carreira como professora e o reconhecimento como concertista, chegando até a
ser comparada com Liszt.
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