30 de março de 2012

HENFIL (Biografia do cartunista)


Henfil
Nascimento5 de fevereiro de 1944
Ribeirão das NevesBrasil
Morte4 de janeiro de 1988 (43 anos)
Rio de Janeiro, Brasil
NacionalidadeBrasil brasileiro
Ocupaçãojornalistacartunistaquadrinista
Biografia  
Como outros dois de seus irmãos — o sociólogo Betinho e o músico Chico Mário, herdou da mãe a hemofilia.
A estreia de Henfil deu-se em 1964 na revista Alterosa. Em 1965 passou a colaborar com o jornal Diário de Minas, tendo seu trabalho também publicado no Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro, e nas revistas RealidadeVisãoPlacar e O Cruzeiro. Aí mudou-se para o Rio, onde em 1969 passou a trabalhar no Jornal do Brasil e no jornal O Pasquim.
Com o advento do AI-5 — garantindo a censura dos meios de comunicação, e os órgãos de repressão prendendo e torturando os "subversivos" —, Henfil, em 1972, lançou a revista Fradim pela editora Codecri, que tornou seus personagens conhecidos. Além dos fradinhos Cumprido e Baixim, a revista reuniu a Graúna, o Bode Orelana, o nordestino Zeferino e, mais tarde, Ubaldo, o paranoico.[1]

Henfil envolveu-se também com cinemateatrotelevisão (trabalhou na Rede Globo, como redator do extinto programa TV Mulher) e literatura, mas ficou marcado mesmo por sua atuação nos movimentos sociais e políticos brasileiros. Ele tentou seguir carreira nos Estados Unidos, mas não teve lugar nos tradicionais jornais estadunidenses, sendo renegado a publicações underground. Ele então retornou ao Brasil, publicando mais um livro. Em 1987, um ano antes de sua morte, era lançado Dirty Dancing- No ritmo quente, o qual após ter assistido, Henfil saiu encantado com a bela dança entre o casal protagonista .
Após uma transfusão de sangue acabou contraindo o vírus da AIDS. Ele faleceu vítima das complicações da doença no auge de sua carreira, com seu trabalho aparecendo nas principais revistas brasileiras.
Henfil passou toda sua vida a defender o fim do regime ditatorial pelo qual o Brasil passava. Quando em 1972 Elis Regina fez uma apresentação para o exército brasileiro, Henfil publicou em O Pasquim uma charge enterrando a cantora, apelidando-a de "regente" — junto a outras personalidades que, na ótica dele, agradariam aos interesses do regime, como os cantores Roberto Carlos eWilson Simonal, o Jogador Pelé e os atores Paulo GracindoTarcísio Meira e Marília Pêra. Elis protestou contra as críticas, e Henfil enterrou-a novamente.

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